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Mulher denuncia sequestro e estupro após corrida por app em Sumaré

Mulher denuncia sequestro e estupro após corrida por app em Sumaré

Divulgação
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Vítima afirma ter sido dopada, mantida em cárcere e violentada por dois homens; Polícia Civil tenta identificar os autores


Uma mulher de 40 anos procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sumaré, nesta semana, para registrar um boletim de ocorrência de sequestro e estupro. O crime teria ocorrido no domingo, dia 27 de julho, data em que a vítima completava aniversário. Segundo o relato, ela foi dopada durante uma corrida por aplicativo, mantida em cárcere privado e violentada sexualmente por dois homens — um deles seria o próprio motorista do veículo.


O caso é investigado pela Polícia Civil de Sumaré como estupro de vulnerável, sequestro e cárcere privado. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.


Relato detalhado da vítima


Segundo o boletim de ocorrência, a mulher solicitou a corrida entre 16h40 e 17h, saindo da casa de uma tia, no Parque Residencial Casarão, com destino ao bairro Chácara Estrela D’Alva. O carro utilizado era um VW Polo, de cor cinza.


Ainda conforme o relato, o motorista pediu que ela colocasse o celular em modo avião e ofereceu uma garrafa com água. Após ingerir dois goles, a vítima começou a se sentir sonolenta e perdeu a consciência.


A mulher afirma que acordou nua em um quarto, sob a ameaça de dois homens. Ambos fumavam o que parecia ser maconha e a obrigaram a manter relações sexuais sob ameaças de morte. Após o ato, ela foi forçada a ingerir uma nova substância que a fez desmaiar novamente.


Em nova tentativa de despertar, continuava sob vigilância e ouviu os suspeitos discutirem se a matariam. No entanto, decidiram abandoná-la na rodoviária de Campinas, orientando-a a não relatar o ocorrido.


A vítima relatou ainda que foi vendada durante o trajeto e conseguiu perceber lombadas, curvas e o som de um portão automático, o que pode ajudar a identificar o local onde ficou em cárcere.


Polícia tenta identificar autores


Na rodoviária, ela conseguiu pedir ajuda e foi levada ao hospital. O caso foi registrado posteriormente na DDM. O celular da vítima foi recolhido para análise, e exames periciais foram solicitados no Instituto Médico Legal (IML).


A Polícia Civil tenta identificar os autores a partir de dados do aplicativo utilizado para a corrida, além de câmeras de segurança e informações de deslocamento. Segundo o registro, o acesso à conta do aplicativo foi bloqueado após tentativas da família de rastrear o paradeiro da vítima durante o desaparecimento.


A Prefeitura de Sumaré ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A DDM segue ouvindo testemunhas e trabalhando para localizar os responsáveis.


A denúncia de violência sexual é um direito da vítima e pode ser feita a qualquer momento. Casos como este reforçam a importância de investigações rápidas e da proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.


Fonte: G1.globo.com - Edição: Douglas Melo

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