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Superlotação no Hospital de Sumaré leva a pedido de suspensão de transferências

Com pacientes nos corredores, hospital pede que novos casos sejam redirecionados, enquanto unidade busca alternativas para atender a demanda crescente



Superlotação no Hospital de Sumaré leva a pedido de suspensão de transferências


Com pacientes nos corredores, hospital pede que novos casos sejam redirecionados, enquanto unidade busca alternativas para atender a demanda crescente

O Hospital Estadual de Sumaré (HES) enfrenta uma grave superlotação e, em uma medida extrema, solicitou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Corpo de Bombeiros e a Central Estadual de Regulação de Vagas (Cross) suspendam o envio de novos pacientes para a unidade. A falta de leitos e a pressão sobre os serviços já são visíveis nos corredores do hospital, onde centenas de pacientes aguardam atendimento.


No HES, todas as vagas destinadas ao atendimento de adultos estão ocupadas, e a unidade neonatal também está operando com 17% de sua capacidade acima do limite. A medida foi tomada para evitar que mais pacientes se aglomerem, causando risco à saúde e à qualidade do atendimento. A superlotação afeta diretamente o funcionamento da unidade, sobrecarregando não apenas as equipes, mas também os equipamentos médicos.



Maurício Perroud Jr., superintendente do Hospital Estadual de Sumaré, destacou que operar além da capacidade preconizada, entre 75% e 85% de ocupação, aumenta o risco de erros operacionais e técnicos. "Quando você ultrapassa o limite operacional, é inevitável que ocorram falhas, tanto humanas quanto técnicas, como o desgaste dos equipamentos", alertou.


Apesar da pressão, a unidade de Sumaré ainda não interrompeu atendimentos nem cancelou cirurgias eletivas, mas o quadro segue crítico, com equipes intensificando esforços para conseguir atender a demanda crescente. Imagens divulgadas pela EPTV mostram pacientes internados em macas espalhadas pelos corredores, evidenciando a gravidade da situação.


A Secretaria de Estado da Saúde informou que o Departamento Regional de Saúde de Campinas está buscando alternativas e avaliando outras instituições na região que possam absorver parte da demanda. Também estão sendo discutidas propostas para ampliação de leitos e ajustes nos planos assistenciais das unidades de saúde estaduais. Entretanto, a solução para o problema de superlotação ainda está sendo discutida, com um esforço conjunto entre as autoridades regionais e municipais.


A situação de Nair Furlan Moreira, de 73 anos, é um exemplo da pressão enfrentada pelos hospitais. A idosa, que já havia sido internada no HC da Unicamp, retornou ao hospital com complicações após receber alta. Ela aguardou cerca de 10 horas em um corredor até conseguir uma maca, situação que ilustra as dificuldades enfrentadas por pacientes e familiares.

Enquanto isso, o Hospital de Sumaré segue buscando formas de dar conta da alta demanda, reafirmando o compromisso com a saúde pública e tentando minimizar os impactos dessa superlotação na população da região.


Fonte:G1.globo.com - Edição: Douglas Melo

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